segunda-feira, 22 de maio de 2017

Comunicação Corporativa

           A comunicação é um grande desafio para todos nós, especialmente no ambiente corporativo, em que temos que nos comunicar de maneira formal, objetiva e eficaz para o bem andamento do processo produtivo. Trocar informações de forma precisa, dar instruções de maneira clara, transmitir ideias e ouvir as dos outros de maneira respeitosa contribui para a criação de relações de confiança e clima organizacional mais sadio.
          Os estragos da má comunicação são bem conhecidos, como: desgaste nas relações, perda de tempo com retrabalho, mal  entendidos, perda de motivação e estresse.
          Não basta ter uma equipe de grandes talentos, se ela não estiver bem informada e integrada. Caso seus membros não estejam disponíveis para se comunicarem adequadamente, o potencial e resultados  da equipe poderão ser prejudicados.
          Nem sempre a fala da pessoa consegue ser ouvida e tampouco compreendida. Apenas proferir palavras sem que exista uma interação entre comunicador-ouvinte é perda de tempo, pois o processo de comunicação fica completamente comprometido. 
          Inúmeras são as organizações que não conseguem estabelecer um bom canal de relacionamento com seus colaboradores e isso, muitas vezes, gera resultados negativos. Há algumas situações que são potencialmente geradoras de estresse, oriundas de má comunicação e que merecem atenção, principalmente quando há:
  • Conversas em bastidores que potencializam o boato, a fofoca, com consequentemente ruídos de comunicação e  distorção da realidade, trazendo prejuízos para quem é vítima do processo, para a organização e a médio e longo prazo para o próprio  autor da conduta, já que o ambiente de trabalho passa a se tornar instável e estressante;
  • Rigidez dos envolvidos na abordagem de assuntos complexos e polêmicos em pauta de reunião. Em tal condição há pouca disponibilidade para escuta e/ou se colocar no lugar do outro. Desta forma, o foco passa a ser ter razão e não encontrar soluções para superar o desafio em questão;
  • Algum membro que esteja envolvido no processo de comunicação e não esteja bem física ou emocionalmente; Obs: Neste caso, a possibilidade de percepção do indivíduo pode estar prejudicada e é salutar a equipe acolher o colega, tendo consciência que poderá estar na mesma situação, em qualquer momento futuro;
  • Um novo membro que passa a ser integrado recentemente e envolvido no processo de comunicação;
     Obs: Nesta situação, o recém-chegado pode não ter tido tempo de conhecer os parâmetros e linguagem que permeia a cultura do grupo em que foi inserido. Um bom exemplo desta realidade, é o ingresso de pessoas que tragam uma origem cultural distinta da equipe que passa a fazer parte, seja por pertencer a outra nacionalidade ou religião.
       Existem ferramentas importantes para combater estes males e afinar a comunicação. São elas: 1) a disponibilidade para o comportamento de escuta; 2) desenvolvimento do processo de empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro e finalmente, 3) Feedback [1]; 4) Follow -up  [2].      
         Portanto, como pode ser observado, várias pessoas dependem de sua comunicação para o exercício profissional, necessitando, portanto, desenvolver competências comunicativas, que incluem a qualidade da voz, articulação precisa, expressividade, seleção do vocabulário, organização do discurso e recursos não verbais tais como gestos, expressões faciais e postura corporal. Vejamos alguns atributos importantes para comunicação: 

ü  Articulação: uma boa articulação, com sons bem definidos, com uma emissão adequada transmite ao ouvinte clareza de ideias, desejo de ser compreendido e franqueza. 
ü  Ritmo e Velocidade de fala: Devemos ter a preocupação de manter um determinado ritmo, naturalmente dentro do estilo de cada um sabendo, que rapidez ou lentidão excessiva prejudica a recepção da mensagem.  
ü  Respiração: a coordenação de fala com a respiração transmite ao ouvinte estabilidade, calma, domínio da fonação e harmonia, sem a sensação de fadiga ou pressa do falante.  
ü  Entoação e Melodia: saber modificar a melodia da fala pela utilização de uma gama de tons que vai do mais grave até o mais agudo, dando vivacidade ao que se fala.
ü  Intensidade da voz: técnicas de controle de projeção da voz de forma agradável ao ambiente com foco no carisma do profissional.
ü  Ênfase: o realce por meio da voz, devendo ser dada a palavra que consideramos mais expressiva dentro de uma frase e que transmita a essência da mensagem. 
         O processo de comunicação é uma arte e não existem fórmulas prontas para uma interação eficaz. É importante que cada um faça a sua parte.
    
Nilza Martins Gimenes,
Fonoaudióloga do NDH -  CRFa 10.716

Shirleine Ap. Larubia Gimenes ,
Psicóloga do NDH  - CRP 06/40017



[1] A palavra feedback de origem inglesa, cujo significado em português é “comentários”, vem sendo amplamente empregada no ambiente corporativo, podendo ser utilizada, não só para verificar se a mensagem expressa foi entendida, mas também como recurso para alertar quando há falhas de compreensão ou defasagem em relação ao discurso ou comportamento do membro que compõe a organização. Este procedimento permite a quem recebe o alerta, a oportunidade de realizar ajustes nas várias nuances do ato de se expressar (atitude e comunicação), possibilitando-o a uma atuação mais eficaz e eficiente. 
[2] Follow up é uma expressão em inglês que significa acompanhar processo que vem sendo realizado.

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