A comunicação é um grande desafio para todos nós,
especialmente no ambiente corporativo, em que temos que nos
comunicar de maneira formal, objetiva e eficaz para o bem andamento do processo
produtivo. Trocar informações de forma precisa, dar instruções de maneira
clara, transmitir ideias e ouvir as dos outros de maneira respeitosa contribui para a criação de
relações de confiança e clima organizacional mais sadio.
Os estragos da má comunicação são bem conhecidos, como:
desgaste nas relações, perda de tempo com retrabalho, mal entendidos, perda de
motivação e estresse.
Não basta ter uma equipe de grandes talentos, se
ela não estiver bem informada e integrada. Caso seus membros não estejam
disponíveis para se comunicarem adequadamente, o potencial e resultados da equipe poderão ser prejudicados.
Nem sempre a fala da pessoa consegue ser ouvida e
tampouco compreendida. Apenas proferir palavras sem que exista uma interação
entre comunicador-ouvinte é perda de tempo, pois o processo de comunicação fica
completamente comprometido.
Inúmeras são as organizações que não conseguem
estabelecer um bom canal de relacionamento com seus colaboradores e isso,
muitas vezes, gera resultados negativos. Há algumas situações que são
potencialmente geradoras de estresse, oriundas de má comunicação e que merecem
atenção, principalmente quando há:
- Conversas em bastidores que potencializam o boato, a fofoca, com consequentemente ruídos de comunicação e distorção da realidade, trazendo prejuízos para quem é vítima do processo, para a organização e a médio e longo prazo para o próprio autor da conduta, já que o ambiente de trabalho passa a se tornar instável e estressante;
- Rigidez dos envolvidos na abordagem de assuntos complexos e polêmicos em pauta de reunião. Em tal condição há pouca disponibilidade para escuta e/ou se colocar no lugar do outro. Desta forma, o foco passa a ser ter razão e não encontrar soluções para superar o desafio em questão;
- Algum membro que esteja envolvido no processo de comunicação e não esteja bem física ou emocionalmente; Obs: Neste caso, a possibilidade de percepção do indivíduo pode estar prejudicada e é salutar a equipe acolher o colega, tendo consciência que poderá estar na mesma situação, em qualquer momento futuro;
- Um novo membro que passa a ser integrado recentemente e envolvido no processo de comunicação;
Obs: Nesta situação, o recém-chegado pode não ter tido tempo de conhecer os parâmetros e linguagem que permeia a cultura do grupo em que foi inserido. Um bom exemplo desta realidade, é o ingresso de pessoas que tragam uma origem cultural distinta da equipe que passa a fazer parte, seja por pertencer a outra nacionalidade ou religião.
Existem ferramentas importantes para combater estes males e afinar a comunicação. São elas: 1) a disponibilidade para o comportamento de escuta; 2) desenvolvimento do processo de empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro e finalmente, 3) Feedback [1]; 4) Follow -up [2].
Portanto,
como pode ser observado, várias pessoas dependem de sua comunicação para o
exercício profissional, necessitando, portanto, desenvolver competências
comunicativas, que incluem a qualidade da voz, articulação precisa,
expressividade, seleção do vocabulário, organização do discurso e recursos não
verbais tais como gestos, expressões faciais e postura corporal. Vejamos alguns
atributos importantes para comunicação:
ü Articulação: uma boa articulação,
com sons bem definidos, com uma emissão adequada transmite ao ouvinte clareza
de ideias, desejo de ser compreendido e franqueza.
ü Ritmo e Velocidade de fala:
Devemos ter a preocupação de manter um determinado ritmo, naturalmente dentro
do estilo de cada um sabendo, que rapidez ou lentidão excessiva prejudica a
recepção da mensagem.
ü Respiração: a coordenação
de fala com a respiração transmite ao ouvinte estabilidade, calma, domínio da
fonação e harmonia, sem a sensação de fadiga ou pressa do falante.
ü Entoação e Melodia: saber
modificar a melodia da fala pela utilização de uma gama de tons que vai do mais
grave até o mais agudo, dando vivacidade ao que se fala.
ü Intensidade da voz: técnicas de
controle de projeção da voz de forma agradável ao ambiente com foco no carisma
do profissional.
ü Ênfase: o realce por meio da voz,
devendo ser dada a palavra que consideramos mais expressiva dentro de uma frase
e que transmita a essência da mensagem.
O processo de comunicação é uma arte e não existem fórmulas prontas para uma
interação eficaz. É importante que cada um faça a sua parte.
Nilza Martins Gimenes,
Fonoaudióloga do NDH - CRFa 10.716
Shirleine Ap. Larubia Gimenes ,
Psicóloga do NDH - CRP 06/40017
[1]
A palavra feedback de origem inglesa, cujo
significado em português é “comentários”, vem sendo amplamente empregada no ambiente
corporativo, podendo ser utilizada, não só para verificar
se a mensagem expressa foi entendida, mas também como recurso para alertar
quando há falhas de compreensão ou defasagem em relação ao discurso ou
comportamento do membro que compõe a organização. Este procedimento permite a
quem recebe o alerta, a oportunidade de realizar ajustes nas várias nuances do
ato de se expressar (atitude e comunicação), possibilitando-o a uma atuação
mais eficaz e eficiente.
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