quinta-feira, 29 de junho de 2017

Como Seres Humanos, empresas também adoecem


          
O organismo humano é formado por um complexo sistema que durante sua existência precisa de cuidados para se manter saudável.Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 53% dos fatores que influenciam na manutenção da saúde é o estilo de vida. Nele estão contidas atitudes que podem fazer a diferença no processo de cuidar da saúde, como por exemplo, ter uma boa alimentação, fazer exercícios físicos de acordo com a capacidade do organismo, check-ups regulares e construir um cuidado especial com a administração de tempo e o estresse.
         Gerenciar o tempo permite organizar o trabalho de maneira satisfatória, possibilitando abrir espaço para estar com a família e realizar atividades que envolvam lazer, aprimoramentos e cuidar da saúde. Ora, para que este processo seja viável, torna-se imprescindível, o planejamento para acomodar todos os horários e ações para sua execução, não é mesmo? 
          O que ocorre lamentavelmente é que, algumas pessoas não dão atenção para estas práticas e inicialmente não conseguem perceber o prejuízo que tal atitude acarreta no organismo em médio e longo prazo. Esta falta de cuidado facilita, não só a emergência de doenças crônicas, como também o desgaste do organismo com probabilidade acentuada de queda do sistema imunológico. 
         Nesta condição, há a disponibilidade para o surgimento de quadros infecciosos,
doenças oportunistas e em casos extremos risco do aparecimento de doenças neoplásicas (câncer) ou autoimunes. Entre estas patologias merece destaque o HIV, que é uma doença autoimune, sendo em grande parte ocasionada pela falta de prevenção. 
          Em comparação à saúde do corpo, metaforicamente, as empresas vivem semelhante realidade. Quantas vezes organizações perdem recursos (aumento de custos e perdas)  por não realizarem seus check-ups e atitudes preventivas, que estão embasadas na política de planejamento e organização?
         Estabelecendo uma metáfora entre o adoecer do Ser Humano e das organizações, podemos dizer  que algumas delas são identificadas como:
1)  Hipertensas:

Por não adotarem atitudes preventivas e hábitos saudáveis, tornam-se vulneráveis, podendo explodir a qualquer momento, devido o aumento da pressão. 
2) Com Câncer (neoplasias):
Por não fazerem o check-ups regulares, não percebem a presença de células neoplásicas, ilustradas por situações, crenças disfuncionais ou mesmo pessoas que possam comprometer a saúde de todo o sistema. 
3) Com doenças autoimunes:
Tão perigosa quanto as neoplásicas, estão as autoimunes, em que uma célula do mesmo sistema percebe a vizinha ou colega como um agente ameaçador de sua existência. Tal situação é desencadeada pelos ruídos de comunicação e competitividade disfuncional e desequilibrada.
            Frente à presença de tais metáforas patológicas, o que a empresa precisaria fazer?
           Como pessoas, existem também organizações que tem receio de realizar as avaliações preventivas, seja por "comodismo",  seja por medo do que irão encontrar, esquivando-se, muitas vezes, de enfrentar situações que exijam "trabalho" e uma nova postura, perante o evento estressante. Tal conduta acaba inviabilizando a adoção de práticas que evitariam grandes dores de cabeças em médio e longo prazo e que certamente, serão inevitáveis, se nada for realizado para este fim. Sendo assim e como é divulgado na mídia, através das mais sérias campanhas de saúde, “Quanto mais cedo, melhor será a chance de se obter um prognóstico favorável”.
           Contudo, não devemos achar que todo processo que venha fragilizar o organismo em um primeiro momento, seja totalmente ruim. Há situações em que o sistema imunológico poderá ser fortalecido a partir deste desequilíbrio, adquirindo uma maior imunidade posteriormente. Portanto, os momentos de crises para  pessoas e organizações não são totalmente negativos, pois poderão servir de alerta para algo que precisa ser cuidado, alertando que o processo de planejamento precisa ser revisto. Se houver uma postura de proatividade frente a estas situações, haverá uma maior probabilidade de ocorrer crescimento gerado pela busca de alternativas para se restabelecer a ordem. 
            Desta forma, podemos concluir que o organismo que tem em seu histórico,  práticas preventivas e cuidados para manutenção de sua estrutura, adquire mais resistência para enfrentar as intempéries, tornando-se mais fortalecido após os eventos estressantes. 
            Em contrapartida e na outra polaridade, a situação  tende a ser mais penosa, quando não houve este cuidado, em que alguns casos, o organismo sucumbe e não aguenta, chegando à extinção. Condição lamentável esta, em que há razões para crer que se houvesse um pouco mais de disponibilidade para planejamento e investimento em avaliação, revisão e aprimoramento de processos, a vida da organização e atividade laboral de todos de que dela fazem parte, teriam sido preservadas. 


          PORTANTO, PERGUNTO: O QUE VOCÊ PODERÁ FAZER PARA A  SUA SAÚDE? E COMO PODERÁ CONTRIBUIR PARA A SAÚDE DA ORGANIZAÇÃO, EM QUE ESTÁ  INSERIDO (A)?

                                                                                  


Shirleine Ap. L. Gimenes
Personal Coaching 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Comunicação: Um grande desafio para as escolas

        
Ter uma equipe talentosa e motivada não é o suficiente para uma escola. Se essa equipe não estiver bem informada, e se seus integrantes não se comunicarem adequadamente, não é possível potencializar a força desse grupo. Dessa forma, a comunicação interna é algo prioritário que deve merecer grande atenção.
            Os diretores/coordenadores devem ter a consciência de que a comunicação transparente, ágil, democrática e participativa é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das escolas, pois as falhas de comunicação ocorrem devido ao excesso de informação, falta de envolvimento e participação das pessoas, inconsistência das mensagens, trabalho individual e dificuldade em personalizar as mensagens para os diferentes níveis de receptores.
          Atualmente a comunicação entre escola  colaboradores   famílias, acontecem por meio de informativos, circulares e internet. A comunicação interpessoal cada vez mais se torna rara, porém vale salientar que esse recurso possibilita a interação das pessoas, a realização de projetos em conjunto, a facilidade do feedback, e consequentemente o alcance de melhores resultados. 
         É necessária uma atenção especial com os meios de comunicação, pois uma mensagem mal interpretada poderá causar distorções, resultando em grandes perdas tanto pessoais como organizacionais. Por mais que haja canais de comunicação entre a escola,colaboradores e pais e por melhor que sejam seus conteúdos, formatos e frequência, o impacto e a eficiência  ficarão limitados se todos os envolvidos não ajudarem a fazer com que as informações e conhecimentos circulem e assim todos se tornem responsáveis pela comunicação.
              Assim concluo que a escola terá mais sucesso se viabilizar o sistema comunicativo existente, facilitando o enfrentamento dos desafios e obstáculos cotidianos. Uma comunicação eficiente pode levar a escola  a obter conhecimentos e informações que poderão levá-la a atingir uma vantagem competitiva, difícil de ser replicada por seus concorrentes, pois uma boa comunicação está embutida na cultura organizacional, a qual envolve valores e crenças da organização. A comunicação visa provocar mudanças no comportamento das pessoas, através do desenvolvimento de atitudes positivas em relação ao próprio desempenho que eleva com a satisfação profissional, o que impulsiona a escola em direção as suas metas    


Nilza Martins Gimenes
Fonoaudióloga NDH   

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Você domina a raiva ou ela lhe domina? Saiba como não ser vítima de sua raiva


Não há como ignorar o clima tenso que ronda a realidade brasileira.  Os escândalos sucessivos que aparecem diariamente  e ilustram  a condição em que se encontra o País faz com que as pessoas fiquem indignadas, irritadas e em casos extremos apresentem explosões de raiva.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a raiva não é algo totalmente ruim.  Ela faz parte das emoções básicas do Ser Humano e  pode ser útil em algumas situações, quando bem administrada.
         Um exemplo desta condição é quando o incomodo gerado pela raiva  faz com que indivíduo  saia da zona de conforto e tome atitude frente  às  circunstâncias,  em que identifica como insatisfatórias e/ou abusivas.  As vias de resolução deste processo podem ser atingidas,  através da  postura e comunicação  assertiva (clara), levando se em consideração o momento e a busca de evidências concretas  de que a sua avaliação  em relação ao evento não esteja equivocada.
Neste caso, a pessoa poderá desenvolver maior possibilidade de defender os seus direitos, sua integridade e os  seus próprios objetivos.  Deve-se salientar que tal forma de expressão não é embasada no comportamento  agressivo,  mas  em conduta honesta,  respeitosa,  clara e firme,  que é expressa de forma funcional e equilibrada.

A raiva passa a  ser um processo nocivo ou destrutivo, quando há:

1) Uma leitura distorcida da realidade, em que a mesma é desencadeada por interpretações equivocadas do fato real, sem que haja certificação da consistência e veracidade desta percepção. Tal  condição  pode gerar  respostas inadequadas que acabam por provocar sofrimento e consequências desastrosas para a vida do individuo.

2) Canalização inadequada para a expressão de sentimentos.
Exemplos de tal espécie ocorrem quando se reprime ou não se canaliza a raiva de maneira satisfatória. Tal comportamento pode gerar elevada tensão interna, aumentando a probabilidade de  a pessoa desenvolver sintomas de origem psicossomática ou  de apresentar  reações disfuncionais em médio e longo prazo. Não é raro, a passividade tornar-se agressividade depois de um certo período, em que a pessoa não aguenta mais reprimir a emoção por mais tempo. Geralmente nesses casos, a manifestação da raiva acontece em momentos inadequados, em que  é vista como falta de controle e habilidade social.
Outro padrão de conduta que esboça o direcionamento impróprio da raiva acontece quando  os indivíduos são extremamente agressivos, impulsivos, hostis  em excesso, em que os resultados atingidos por esse comportamento não são promissores, vindo ser até danosos a médio e longo prazo.

Sendo assim, compartilho algumas sugestões para que você possa aprender a lidar com a raiva:

1)    Conhecer-se a si mesmo, para que você possa  identificar algumas variáveis que fazem parte de sua natureza interna, como: crenças, percepção da realidade, vulnerabilidade ao estresse, controle para administrar os impulsos,  habilidade para expressar os sentimentos, pensamentos e emoções. E finalmente,   estratégias para lidar com a tensão da raiva.

2)    Identificar os sinais  físicos (sintomas) que  apontam que você está  para "estourar". Ex: respiração curta, tensão,  etc. .

3)  Identificar qual é o elemento causador  do processo da raiva, que pode ser de origem externa (meio ambiente) e/ou interna ( pensamentos, crenças, etc).

O autoconhecimento deficiente aliado a um baixo controle da raiva podem levar  indivíduos  a cometerem atitudes precipitadas e disfuncionais, com risco de comprometer negativamente a qualidade das relações sociais e alcance dos próprios objetivos.
      Portanto, sugiro que você reflita sobre as sugestões acima, tentando identificar : 1) A origem que desencadeia todo este processo; 2) Quais são as reações e consequências que a raiva tem trazido para sua vida, quando ela rompe de maneira impulsiva .
Caso precise de suporte,  não hesite em procurar a ajuda de um profissional (psicólogo), para auxilia-lo no processo de autoconhecimento e para que você possa na criar estratégias mais eficazes de se ter melhor controle e resultados, com menos estresse.

Shirleine Ap. Larubia Gimenes
Psicóloga do NDH
CRP 06/40017

 



quarta-feira, 7 de junho de 2017

ENFRENTANDO OS NOSSOS DRAGÕES INTERNOS – UM PASSO PARA O CRESCIMENTO




"Todos os dragões da nossa vida são talvez princesas que esperam ver-nos um dia belos e corajosos. Todas as coisas aterradoras não são mais, talvez, do que coisas indefesas que esperam que as socorramos. _Rainer Maria Rilke_" (1)

        


           Ao ler este trecho descrito por Rilke em sua obra "Cartas a um jovem poeta", refleti sobre a forma que enfrentamos os nossos dragões internos.
          Correlacione a metáfora aos desafios que tem aparecido em sua trajetória de vida e veja se tem enfrentado as suas feras ou vive fugindo delas?
Na minha experiência de vida pessoal e profissional, tenho observado que as pessoas que não  enfrentam os "monstros internos", certamente se depararão com eles em futuro próximo, pois tais criaturas irão atrás de seus donos e como crianças mimadas, exigirão a atenção para algo que precisa ser cuidado.
            Conhecido como o lado que não queremos enxergar de nossa personalidade, ele exige de nós coragem para que enfrentemos o que nos gera medo, como por exemplo, as nossas incertezas, a nossa ignorância e a próprio medo de que estas variáveis sejam flagradas para o mundo externo. São presenças incômodas por desvendarem a nossa fragilidade e que de acordo com determinadas crenças, nem sempre funcionais,  podem sufocar bases reais de essência e potencial.
            Sendo assim, a falta de coragem de enfrentar o monstro, também não permite o encontro com os próprios heróis ou gurus internos, que também fazem parte da psique do Homem. E o que é mais triste. O que isto gera? A probabilidade de limitação da própria existência em prisões que também se alojam dentro da própria alma.
            O medo faz parte da natureza humana e ele tem a sua serventia quando mobiliza a cautela no Ser Humano. Entretanto, a sua manifestação exacerbada poder ser prejudicial, em que o indivíduo corre o risco de se entregar à estagnação, a acomodação, condenando-se ao ciclo de constante insegurança, falta de liberdade  e grande probabilidade de insatisfação e sofrimento.
           Geralmente, algumas  destas pessoas entregam a chave de suas próprias prisões a terceiros, em que delegam a responsabilidade dos próprios infortúnios, culpando o outro ou cenário em que vivem pela sua “triste” condição.
           Contudo, não se iluda, pois este confronto não poderá ser evitado. Em prol de um “VERDADEIRO CRESCIMENTO”, seu monstro irá atrás de você, até que  aceite este contato e escute o pedido que ele tende lhe fazer. Caso contrário, continuará lhe perseguindo, até  que aceite o desafio de crescer e amadurecer.
            Veja na sua história de vida e/ou de outras pessoas, se não há situações difíceis que parecem se repetir? Será que tais provas não são convites para o aprendizado e para a possibilidade de tornarem-se mais amadurecidos, experientes  e quem sabe , mais sábios? 
            Estas ocorrências que são expressas em situações dolorosas, como doenças, insatisfação, inseguranças, tédio, aparentes fracassos parecem nos colocar em condições desconcertantes para que procuremos saídas e novas condutas.  Se há uma relutância em assumir o desafio, a intensidade do chamado será maior, até que realmente possa ser atendido.
            Reflita! Se este chamado, já não ocorreu para você? Há situações que se apresentam constantemente, convidando-o a ter uma nova postura e ampliação de conhecimento, experiência e percepção? E você costuma fugir por ter medo de tentar, assumir responsabilidades ou se expor?  Estas situações de recuo, que aparentemente são confortáveis, não o remete à situação de estagnação? E às vezes degradação?
           Será que as dores ou oportunidades de crescimento de nossas vidas não são as princesas que estão revestidas de dragão, para que possamos ter o mérito de resgatá-las rumo ao verdadeiro crescimento?
            Pense Nisto! E se estiver com dificuldade em enfrentar este processo, não hesite em procurar suporte para superar o que possa estar dificultando o seu crescimento.


Shirleine Ap. Larubia Gimenes

Psicóloga do NDH
CRP 06/40017




Fonte: Rilke, R.M. Cartaz a um Jovem Poeta, Ed. Globo