quinta-feira, 20 de julho de 2017

Cuide de sua saúde mental: Faça algo por você

         O estresse exacerbado tem sido uma realidade constante na vida de muitas pessoas e tem contribuído para a emergência e/ou agravamento de  doenças, como: 
ü  Disfunções de natureza física: Gastrites, úlceras, hipertensão, cardiopatias, patologias geradas por queda do sistema imunológico e/ou neuroendocrinologico, etc. 
ü   Disfunções de natureza  psicológica: depressão, síndrome do pânico, burnout (estresse crônico), etc.            
          Devo destacar que  é impossível eliminar definitivamente o estresse do cotidiano das pessoas, pois ele teve e tem importante papel na função de preservação e sobrevivência humana.  Definido como estado  que desencadeia reações  psicofisiológicas no organismo,  ele também tem como função  preparar o  sistema  para a reação ou defesa, frente às situações interpretadas como perigosas ou ameaçadoras.
        Sendo assim, dentro de limites toleráveis,  ele é extremamente útil para o Homem, pois  além da função de preservação, ele também pode impulsionar o indivíduo para iniciativas que visam mudança de ciclo e crescimento. Ex: Um novo emprego, uma viagem, casamento, etc. Este tipo de estresse é identificado como positivo.
          A sua manifestação torna-se nociva, quando  as consequências deste estado de prontidão persistem por longo período e os limites são excedidos. Tal condição originada por contínuas alterações psicofisiológicas para atender as demandas de estressores reais e/ou imaginários, faz com que inicialmente,  o sistema resista à  interferência constante deste processo. Porém se nada for feito para resgatar o equilíbrio, ele sofrerá esgotamento com possível exaustão e em casos extremos, corre se o  risco de falência do organismo.
          Para que a manifestação patológica do estresse não ocorra, recomenda-se que a pessoa esteja atenta ao aparecimento dos seguintes sintomas:
o    Aumento da transpiração,
o    Mãos frias,
o    Boca seca,
o    Cansaço ou falta de energia,
o    Tensão muscular e dores nas costas,
o    Perda ou aumento de apetite
o    Tontura ou palpitações, 
o    Insônia e dificuldades sexuais
o    Irritabilidade,
o    Problemas de memória,
o    Aumento exacerbado da ansiedade.

          Se estes "sinais" forem subestimados e tornarem-se frequentes, o processo doentio do estresse poderá gerar prejuízos  em médio e longo prazo, como:

ü  Tangíveis: afastamentos por  adoecimento ou queda da capacidade produtiva; ônus gerado pela doença, com medicações e tratamentos; abalo  do poder aquisitivo, com consequentemente queda de possibilidade de prover o próprio bem estar e da família, de quem geralmente é provedor(a) ;
ü   Não Tangíveis: Abalo da autoestima e crença em si mesmo; falta de perspectiva para o futuro.

        Obs:  Não é raro, algumas pessoas relatarem a falta de tempo e recursos para tomarem iniciativas para reverter este processo, mas reflita: O que é melhor? Você encontrar tempo e recursos para cuidar da sua saúde, hoje?  Ou ter que forçosamente encontrar recursos e tempo para lidar com a doença no Futuro, de uma forma bem mais dolorosa? Levando-se em consideração à longevidade que a população mundial vem adquirindo, pergunto: Qual é a qualidade de vida que você gostaria de ter na “melhor idade”?

          O despertar para esta realidade  permite uma postura proativa do Ser voltado para a manutenção da saúde, ao invés da doença. Reflita se o planejamento, com uma certa dose de investimento em você, não vale à pena?
         Se ainda não começou este desafio, perceba se não é o momento? E não hesite em procurar suporte para viabilizar este processo de forma satisfatória.         

Obs: Na próxima matéria, estarei apresentando alguns recursos para a gestão do estresse.
 
          Shirleine Ap. Larubia Gimenes
                         Psicóloga do NDH
CRP 06/40017
Referência:
Especialistas explicam se depressão pode afetar o trabalho. Programa Fantástico. G1.Globo,   disponível em: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/04/especialistas- explicam-se-depressao-pode-afetar-o-trabalho.html, 05 de abril de 2015.

 LIPP, M.E O Tratamento Psicológico do Stress in LIPP, M.E. Mecanismos Neuropsicológicos do Stress. Teoria e Aplicações Clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.


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