segunda-feira, 19 de junho de 2017

Você domina a raiva ou ela lhe domina? Saiba como não ser vítima de sua raiva


Não há como ignorar o clima tenso que ronda a realidade brasileira.  Os escândalos sucessivos que aparecem diariamente  e ilustram  a condição em que se encontra o País faz com que as pessoas fiquem indignadas, irritadas e em casos extremos apresentem explosões de raiva.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a raiva não é algo totalmente ruim.  Ela faz parte das emoções básicas do Ser Humano e  pode ser útil em algumas situações, quando bem administrada.
         Um exemplo desta condição é quando o incomodo gerado pela raiva  faz com que indivíduo  saia da zona de conforto e tome atitude frente  às  circunstâncias,  em que identifica como insatisfatórias e/ou abusivas.  As vias de resolução deste processo podem ser atingidas,  através da  postura e comunicação  assertiva (clara), levando se em consideração o momento e a busca de evidências concretas  de que a sua avaliação  em relação ao evento não esteja equivocada.
Neste caso, a pessoa poderá desenvolver maior possibilidade de defender os seus direitos, sua integridade e os  seus próprios objetivos.  Deve-se salientar que tal forma de expressão não é embasada no comportamento  agressivo,  mas  em conduta honesta,  respeitosa,  clara e firme,  que é expressa de forma funcional e equilibrada.

A raiva passa a  ser um processo nocivo ou destrutivo, quando há:

1) Uma leitura distorcida da realidade, em que a mesma é desencadeada por interpretações equivocadas do fato real, sem que haja certificação da consistência e veracidade desta percepção. Tal  condição  pode gerar  respostas inadequadas que acabam por provocar sofrimento e consequências desastrosas para a vida do individuo.

2) Canalização inadequada para a expressão de sentimentos.
Exemplos de tal espécie ocorrem quando se reprime ou não se canaliza a raiva de maneira satisfatória. Tal comportamento pode gerar elevada tensão interna, aumentando a probabilidade de  a pessoa desenvolver sintomas de origem psicossomática ou  de apresentar  reações disfuncionais em médio e longo prazo. Não é raro, a passividade tornar-se agressividade depois de um certo período, em que a pessoa não aguenta mais reprimir a emoção por mais tempo. Geralmente nesses casos, a manifestação da raiva acontece em momentos inadequados, em que  é vista como falta de controle e habilidade social.
Outro padrão de conduta que esboça o direcionamento impróprio da raiva acontece quando  os indivíduos são extremamente agressivos, impulsivos, hostis  em excesso, em que os resultados atingidos por esse comportamento não são promissores, vindo ser até danosos a médio e longo prazo.

Sendo assim, compartilho algumas sugestões para que você possa aprender a lidar com a raiva:

1)    Conhecer-se a si mesmo, para que você possa  identificar algumas variáveis que fazem parte de sua natureza interna, como: crenças, percepção da realidade, vulnerabilidade ao estresse, controle para administrar os impulsos,  habilidade para expressar os sentimentos, pensamentos e emoções. E finalmente,   estratégias para lidar com a tensão da raiva.

2)    Identificar os sinais  físicos (sintomas) que  apontam que você está  para "estourar". Ex: respiração curta, tensão,  etc. .

3)  Identificar qual é o elemento causador  do processo da raiva, que pode ser de origem externa (meio ambiente) e/ou interna ( pensamentos, crenças, etc).

O autoconhecimento deficiente aliado a um baixo controle da raiva podem levar  indivíduos  a cometerem atitudes precipitadas e disfuncionais, com risco de comprometer negativamente a qualidade das relações sociais e alcance dos próprios objetivos.
      Portanto, sugiro que você reflita sobre as sugestões acima, tentando identificar : 1) A origem que desencadeia todo este processo; 2) Quais são as reações e consequências que a raiva tem trazido para sua vida, quando ela rompe de maneira impulsiva .
Caso precise de suporte,  não hesite em procurar a ajuda de um profissional (psicólogo), para auxilia-lo no processo de autoconhecimento e para que você possa na criar estratégias mais eficazes de se ter melhor controle e resultados, com menos estresse.

Shirleine Ap. Larubia Gimenes
Psicóloga do NDH
CRP 06/40017

 



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